Guardo com imensa estima os meus dois primeiros discos de vinil (King Crimson – In the Wake of Poseidon e Jethro Tull – Aqualung), comprados no mesmo dia, após conseguir algumas poupanças. Nessa altura os discos eram caros. Era habitual fazer-se a cópia dos mesmos para cassetes e partilhar com os amigos. Lembro-me das tardes passadas na sala de estar dos meus pais, junto com os meus amigos, ouvindo a música, conversando, enquanto o gravador ia cumprindo a sua missão. Os discos eram pegados com imensa cautela, laboriosamente limpos, não fosse o incomodativo estalido do pó aparecer na audição. À medida que ia adquirindo mais discos, sempre segui o mesmo ritual: gravá-los em cassete para não os estragar.
É com alguma nostalgia que recordo o vinil – o seu tamanho, o seu cheiro, o seu manuseamento…
Os blogues fazem sentido, quanto mais não seja para recordar tempos de infância e juventude. Há quem diga que são os únicos dos quais podemos escrever.
ResponderEliminarIn the wake of Poseidon... um ótimo álbum. Esse não tive em vinil, mas sim o In the court of the Crimson King. É sempre muito bom ouvir KC. Um abraço.
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