1 de Julho de 1957, 13:40 horas.
Francisco Franco, o caudilho, chega a Puebla de Sanabria.
Esse dia tinha sido considerado feriado, de modo a que toda a gente pudesse deslocar-se às estações ferroviárias para aclamar Franco na sua passagem inaugurando o segundo tramo Puebla de Sanabria-Ourense, da linha Zamora - Ourense - La Corunha.
Dias antes, o Governador Civil de Ourense distribuía o seguinte aviso:
“A todos cuantos habitan en las Comarcas, como un solo hombre y al frente de sus Alcaldes, Párrocos y Jerarquías, han de estar en las Estaciones desde las 3:30 de la tarde para saludar al Caudillo. Orensanos todos de la Ciudad y del Campo: El Generalísimo viene a Orense en revista a la provincia. Que nadie falte a la hora de su triunfo ¡Viva Franco! ¡Arriba España!“
Franco viajaria numa carruagem especial, junto aos seus colaboradores. Havia também uma carruagem/restaurante, uma carruagem destinada às autoridades e mais quatro destinadas aos convidados, para além de uma carruagem de apoio. Na frente uma locomotiva Mikado deslocava o conjunto.
Para trás tinham ficado a Guerra Civil Espanhola, o uso de presos políticos para escavar os perigosíssimos túneis, as lutas dos "carrillanos" em prol de melhores condições de trabalho...
A obra era titânica, para as condições da época!
Agora era o momento de festejar!
Dada a orografia do terreno, era necessário criar vias de acesso aos locais de trabalho.
Uma dessas vias, construída para aceder ao troço que ia desde a estação de Albergueria-Prado até Toro, ficou desde então conhecida como a "pista do marroquí", dado que uma das últimas empresas envolvidas na construção da linha era do engenheiro Don Augusto Marroquí.
Serviu não só para aceder aos trabalhos da via como também para enviar de volta os "carrellanos" falecidos com a violência do trabalho...
É esse troço que vou percorrer a pé no próximo dia 25 de Novembro, numa extensão aproximada de 20km, por zonas de rara beleza.
Sobre o mesmo, direi algo depois!
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