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2011-12-08

Ursa Menor - UMi

Ursa Menor
Esta constelação foi introduzida cerca do ano 600 a.c., pelo matemático grego Thales de Mileto.
A sua principal particularidade é que a sua estrela mais brilhante - a estrela Polar, está actualmente muito perto do pólo norte celeste.

Esta constelação é relativamente apagada, uma vez que o conjunto de estrelas que forma o seu mais conhecido asterismo - a Pequena Caçarola, não é facilmente perceptível em zonas com alguma poluição luminosa. Também não possui objectos do céu profundo facilmente acessíveis .
A estrela Polar encontra-se facilmente prolongando 5,5 vezes a distância que separa as estrelas Dubhe e Merak, as guardas da constelação da Ursa Maior.

De referir que a estrela Polar (Polaris A) é uma supergigante amarela, cerca de 3 300 vezes mais brilhante que o Sol e que se encontra a cerca de 430 anos-luz de nós. Tem duas companheiras: uma branco-azulada (Polaris B), muito menos brilhante que, usando uma grande ampliação, em noite calma, se consegue resolver e que se encontra a cerca de 2400 UA(*) da Polar e uma outra (Polaris Ab), anã, a cerca de 18,5 UA.




Precessão do eixo da Terra
Como curiosidade devo realçar o facto de que, devido ao movimento de precessão do eixo da Terra, a Polar se vai aproximar ainda mais da direcção do pólo norte celeste, atingindo no ano de 2102 a distância mínima ao pólo. Esse movimento, que tem um ciclo aproximado de 26 000 anos, levará a que outras estrelas coincidam com o pólo norte celeste. Vega, por exemplo, na constelação da Lira, já indicou o norte por volta do ano 12 000 a.c. e fá-lo-há novamente por volta do ano 14 000!
Na imagem ao lado está assinalado o círculo gerado pelo eixo da Terra em torno do pólo norte da eclíptica, fruto do movimento de precessão.

(*) UA - Unidade Astronómica - Unidade de distância com cerca de 150 000 000 km (distância média da Terra ao Sol)

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