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2013-01-05

Trilho interpretativo do lobo, VPA

5 de janeiro de 2013, 7:00 horas
A noite ainda era rainha, mas, por aquilo que me apercebi do interior da janela, havia nevoeiro. 
Nada de preocupante. 
Aqui, o nevoeiro não costuma existir acima dos 500-600 metros de altitude. 
O termómetro registava 0º C.
Como a caminhada que nos propúnhamos fazer se desenrolava sempre acima desta cota, o tempo deveria estar aprazível. 
Com tudo já preparado da véspera, só faltava mesmo era ingerir algo antes da partida. Sumo de laranja, torradas com manteiga, leite e café, é o pequeno-almoço habitual que hoje, mais uma vez, se repetiu. 
Pouco passava das 8:00 horas quando o "autocarro" conduzido pelo José Avelino chega ao portão. Dois outros passageiros - o Queirós e o Caldas, já aguardavam impacientes a entrada do retardatário... Os demais, ou seja, o Tozé Chaves, o Simões, o Pablo e a Delia (nossos companheiros da Galiza), aguardavam na EN 2, dissimulados na neblina. 


A viagem correu célere e pelas 9:00 horas já nos encontrávamos em Telões (VPA) prontos a iniciar a nossa odisseia. 
O Tozé e o Pablo, artilhados com os seus qualificados artefactos de captar imagens, registavam cada segundo, cada respiro. 
O Queirós achava que o local da partida não era adequado... junto a uma igreja!
Com as sapatilhas resvalando na geada matinal, iniciámos a nossa caminhada em direção ao Pontido. Novamente o contestatário refila: 
- Nunca se inicia uma caminhada a subir! 
Eu ri-me, pois já conheço o disco. 


Chegados ao Pontido, perdemos os repórteres. Embrenhados na discussão acerca dos seus artefactos não viram a sinalética e foram pelo caminho errado. 
Na localidade do Castelo, aguardamos pacientemente a sua chegada. Uma habitante, já de idade avançada, questionou sobre o que andávamos a fazer por ali. Quando lhe explicamos, afirmou:
- É porque não costumam trabalhar! 
Nós rimo-nos. 

A viagem prosseguiu sob um ar frio e agradável. 


No vale, uma ligeira neblina dava um certo ar misterioso ao local. 


Após Gouvães da Serra chegou a hora de uma ligeira pausa, pois os onze quilómetros entretanto percorridos assim o exigiam. 
A vista era soberba! Ao longe avistávamos as serras do Gerês, Padrela, Larouco, Sanábria, etc. 


O Simões, qual sentinela dedicada trepou a uma rocha mais elevada de onde controlava tudo e todos. Estávamos prestes a atingir o ponto mais elevado do percurso e já nos imaginávamos a descer embalados pela inércia dos nossos corpos. 

Essa descida veio contudo revelar-se a parte mais difícil. Com a constante necessidade de travar o esforço era muito maior.


Chegados a Outeiro, tudo se tornou mais fácil. Desde aí até Telões, foi um percurso suave e agradável, embora a fome já começasse a apertar. 
Foram 20 880 m de agradável convívio. 
Do animal que dá o nome ao trilho, nem sinais.
Veja o percurso aqui:
Trilho interpretativo do lobo

4 comentários:

  1. É realmente um percurso muito bonito!

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  2. E que beleza de texto para o descrever...

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  3. Em relação ao comentário do queirós acho que ele só teve razão em relação ao incio do percurso que foi muito duro.
    Em relação ao resto ele deve ter sido filho de algum "PROTESTANTE"
    Um abraço e lembrem-se um percurso destes acrescenta um mês à vida

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  4. foi mais uma excelente caminhada, debaixo da orientção técnica de paulo Coimbra e sob a egide do Narrador Histórico, prof Rui Queirós, coadjuvado pelos Reporteres de imagem Pablo Serrano e Tó Zé, caminhamos pelo trilho do Lobo, com uma excelente disposição, consequente ás excelentes condições climatéricas(!)-para caminhar-. As imagens captadas, pelos nossos reporteres de imagem, bem como as captadas pelo Paulo Coimbra, valem mil palavras!!!pena foi que no final o Paulo Coimbra, não nos tenha acompanhado no almoço (não previsto), que foi excelente....Caminheiros, poucos mas Bons!!!

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